Capa da Rolling Stone, Paris Jackson está dando o que falar. Além de opinar sobre a morte do pai, configurada por ela como assassinato, a filha do rei do pop afirmou, em entrevista à revista, que se identifica como mulher negra.
Pois é, a garota de 18 anos, de pele branca, cabelos loiros e olhos claros, que perdeu o pai quando tinha apenas 11, disse se considerar negra, declarando que Michael Jackson sempre afirmou que ela era negra, a orientando a ser orgulhosa de suas raízes.
Apesar dos boatos sobre a veracidade da paternidade de Michael Jackson, principalmente pela pouca semelhança com qualquer um na família Jackson, Paris não tem dúvidas sobre ser filha do rei do pop. A modelo diz que se seu pai disse que ela era sua filha, então é verdade, porque Michael jamais mentiria.
Segundo a jovem, a maioria das pessoas que não a conhecem, a caracterizam como branca, devido à pele clara e ao cabelo tingido de loiro. Paris se comparou, ainda, à Wentworth Miller, ator e roteirista britânico que se autodeclara negro, devido à sua afro ascendência.
Sabemos que há muitas diferenças entre Brasil e Estados Unidos no que tange à identidade étnica. O clássico texto de Oracy Nogueira que classifica o preconceito nos EUA como preconceito de origem e o do Brasil como preconceito de marca (traços fenotípicos), é até hoje utilizado para pensar essas diferenças. Não sabemos até onde ela poderia ser discriminada em seu país por ser filha de um negro. Mas avisem Paris Jackson que no Brasil, seus privilégios são iguais ao de qualquer outro branco. Paris, aqui você é branca.
