Para quem sentia falta de opções de festas pretas na cidade de São Paulo, e ainda queria curtir um clima de Halloween tirando suas fantasias do guarda-roupas após dois anos de isolamento social, ocasionados pela pandemia do COVID-19, nasce a primeira edição do Baile da Scarlet. O evento é idealizado e promovido pela produtora carioca Maynara Scarlet, que já possui histórico de trabalhos com protagonismo preto e de narrativas antirracistas, seja na produção artística, cultural ou de moda, e há cinco anos reside em São Paulo. Em sua curadoria artística para o evento, Scarlet promove artistas LGBTQIAPN+ que estão com tudo na cena como a DJ Muito Lok4, o DJ Mirands, o MC e cantor Lucas Braides, e a multiartista e comunicadora social Nega Cléo, que será a mestre de cerimônias da noite. Da Black music ao Funk passando pelos principais ritmos do Rap da atualidade como o Trap e o Drill, mas sem deixar de tocar na pista os ritmos tradicionais do movimento como o Boombap e o R&B, o evento também dá destaque a música africana trazendo o Afrobeat. Dessa forma, o baile se torna mais um marco de fomento da cena da música urbana paulistana, e ocorrerá no dia 28 de outubro, a partir das 22h, na Pink LAB Club, localizada na Rua Augusta, uma das mais badaladas da cidade. A entrada varia de R$ 15 a R$ 100, e pessoas trans têm passe livre.
Além de Torya, os artistas Ene Jow e MC Koji também compõem o lineup do evento. Inclusive Scarlet já havia atuado artisticamente com Koji em seu trabalho intitulado ‘PDN – Pretos Diplomas Nike’, em que ele narra o sonho da mãe de que ele fosse diplomado, mas que sua carreira enveredou á ele ser um artista preto, com foco naquilo que todo jovem de quebrada quer “ser reconhecido por seu boots (tênis) de marca”. Scarlet também trará para a pista DJs de diferentes estilos e vertentes como Mirands, da Batekoo; Muito Lok4, da De Quebradinha; DJ Luccas Braids, do Baile do Braids e DJ Buono, sempre presente nos principais eventos da cena. “O baile já era uma ideia de muito tempo, sempre trabalhei com eventos e festas e o público sempre pediu e idealizou uma festa minha, com meu nome, minha personalidade e identidade, e com isso somente tirei as ideias do papel”, revela a produtora Maynara Scarlet.
Com foco não somente em ser um baile, mas também um espaço que reúna artistas em destaque na cena, e promova um ambiente de valorização e trocas dentro da arte e do entretenimento, com recorte racial e periférico. “A princípio a ideia não era um baile, mas sim uma festa para pessoas pretas com uma identidade forte, estilo único e diferente do que já via acontecendo na cena. E foi quando eu vim morar em São Paulo e comecei a trabalhar ainda mais com eventos, e no segmento do marketing – por além de produtora, também ser empreendedora no segmento da moda liderando minha própria marca de roupas – isso me abriu portas no meio artístico paulistano.
Em sua trajetória profissional, Scarlet traz 10 anos de caminhada como produtora, mas também já atuou como hostess, e não só no segmento cultural, mas também de eventos corporativos, fomentados pelas Secretarias de Saúde e de Turismo, do Rio de Janeiro, além de empresas privadas e conferências, como Óticas Carol, Hurb, entre outros. “O que mais me orgulho de ter feito, foi a idealização da Feira Movie, minha feira afroempreendedora, da qual idealizei e produzi tudo de maneira independente, e cuidei, pessoalmente, de mais de 25 marcas, tendo sido um sucesso, e que já está na 3ª edição”, compartilha Scarlet.
Com o gancho do Dia das Bruxas, popularizado como Halloween, o evento irá promover um concurso para a melhor fantasia da noite, a ideia vem com o intuito de inspirar artisticamente todo o público envolvido, e impulsionar esse dinamismo de se pensar e planejar uma vestimenta para um baile, que já estava há tanto tempo proibida devido ao longo período de isolamento social. Quem vencer o concurso será recompensado com R$ 150 em consumação no evento. “Estamos voltando de uma pandemia, onde ficamos um pouco carentes destes tipos de festas e cenários, logo é mais um motivo para celebrar”, afirma a produtora.
Os ingressos variam entre R$ 15 e R$ 100, variando entre as opções de pista e camarote, e além de lote social, também conta com entrada gratuita para pessoas trans e podem ser adquiridos via Sympla ou pelo de R$ 30 na porta do evento.
SERVIÇO
Baile da Scarlet
- Data: 28/10
- Horário: Das 22h às 04h30
- Local: Pink LAB Club, R. Augusta, 523, Consolação, São Paulo
- Ingressos via Sympla: https://www.sympla.com.br/evento/baile-da-scarlet/1742137
1º lote: R$ 15 (esgotado)
2º lote: R$ 20 (esgotado)
3º lote: R$ 25 (até às 22h)
Na porta: R$ 30
Pessoas trans têm entrada gratuita
Sobre o Baile da Scarlet
Evento que fomenta a cena da música urbana a partir de produção e lineup 100% pretos, promovido pela produtora carioca Maynara Scarlet, residente em São Paulo há cinco anos, com trajetória de 10 anos na produção artística, cultural e de moda. Sua primeira edição ocorre em São Paulo, com o tema ‘Halloween’ na Pink LAB Club na Augusta, trazendo a multiartista Torya como headliner, e reunindo MCs e DJs diversos com protagonismo periférico e LGBTQIAPN+. Da Black music ao Funk passando pelos principais ritmos do Rap da atualidade como o Trap e o Drill, mas sem deixar de tocar na pista os ritmos tradicionais do movimento como o Boombap e o R&B, o evento também dá destaque a música africana trazendo o Afrobeat.
Sobre Maynara Scarlet
Em sua trajetória profissional, Scarlet traz 10 anos de caminhada como produtora, mas também já atuou como hostess, e não só no segmento cultural, mas também de eventos corporativos, fomentados pelas Secretarias de Saúde e de Turismo, do Rio de Janeiro, além de empresas privadas e conferências, como Óticas Carol, Hurb, entre outros.
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