Nessa semana, tenho descoberto vários artistas pelo Instagram. Porque eu sou a diferentona que fica procurando artistas a todo momento? Quem dera. Porque tá todo mundo compartilhando as misturas de artistas do Spotify. Inclusive, estou falando sobre porque os meus artistas ainda não apareceram e eu tô meio chateada com isso, risos (de nervoso). O certo é que, pra somar aos artistas que meus amigos estão compartilhando, também conheci Aiace.
Indy Naíse, Morenna, Afronta Mc e Jasper e Gana compõem o line up do Festival Luz Del Fuego
Aiace
Nenhuma palavra é capaz de explicar o talento desta mulher, então sugiro que antes de prosseguir a leitura, você acesse sua plataforma digital favorita e escute qualquer uma das músicas de Aiace. Eu escuto “Samba É Sacerdócio” enquanto escrevo. A cantora e compositora baiana que também faz parte do grupo Sertanília gravou esta faixa, que é dividida com ninguém menos que Luiz Melodia, em seu primeiro álbum solo.
Aiace parece estar sempre rodeada de música. Seu pai, Gileno Felix, é compositor e já teve suas canções interpretadas por artistas como Margareth Menezes. Ele inclusive tem uma participação em seu primeiro álbum, em uma canção escrita por Luedji Luna. Além disso, Aiace já participou de diversos festivais internacionais, é professora de canto e reconhece a importância do trabalho musical, em especial durante os tempos de pandemia. À Carta Capital, ela declarou: “Tenho visto como as artes são importantes para manter as pessoas sãs, trazendo esse sentimento de positividade”.
Pra Curar
Aiace parece ter mesmo daquelas vozes que curam, sabe? Assim como Luedji, tem letras que conversam com quem a gente é. Com a faixa “Pra Curar”, não foi diferente.
Aiace lançou a faixa em 2019, no entanto, o webclipe colaborativo ficou para este ano. O projeto é uma parceria da cantora com a argentina Cata Raybaud. João Cavalcanti e Lazzo Matumbi, seu padrinho, também estão entre as participações especiais da versão audiovisual.
“Os símbolos dessa canção, escrita originalmente por mim e Júlia Maia e versionada pela cantautora uruguaia Maité Gadea, são muitos. Falamos da poeira enquanto caminho, da encruzilhada enquanto parte importante do destino, do tempo implacável e certeiro, do medo, das tribulações que chegam pelo simples fato de estarmos vivos e dessa necessidade de procurarmos a nós mesmos para curar as angústias. Embora nos utilizemos de metáforas, sinto que esse som é bem direto na mensagem, especialmente sobre quando aborda a necessidade de deixar o céu desabar para que a bonança possa vir. Enxergo um paralelo grande com o que vivemos hoje”.
Nós também, Aiace. Confira a produção aqui.