Acho que a gente já passou do momento de pensar na África como sinônimo exclusivamente de pobreza, não é mesmo? Também já passamos da fase de achar que um continente inteiro pode ser reduzido à meia dúzia de referências mal contadas ou a apenas uma cultura que a mídia insiste em passar. Existe, nesse continente riquíssimo, uma infinidade de povos com suas próprias histórias, festas e sim, sua moda.
Via Equipe Modices
Existe uma nova geração de minas criativas por lá que andam tombando tudo nesse fashion world e que a gente precisa conhecer! São mulheres que compartilham a arte auto-dirigida sobre suas origens e experiências, de um ponto de vista pessoal e autentico, com o objetivo de trazer uma moda multicultural para a indústria que preza pelo famigerado e datado padrão europeu.Conheça aqui algumas dessas estilistas africanas maravilhosas e fique de olho nas criações:
Loza Maléombho
As roupas da designer estão até em cenas do clipe de Formation, sabiam? O figurino usado faz parte da coleção de primavera/versão de 2016 e foram inspiradas por máscaras tradicionais da região norte da Costa do Marfim. A marca nasceu em 2009, e em 2012 Loza moveu sua produção para onde viveu na infância, na Costa do Marfim. Aliás, a moça nasceu no Brasil e todo seu trabalho envolvem aspectos culturais dos lugares onde teve algum tipo de vivência.
Amaka Osakwe
Michelle Obama, Rihanna e Beyoncé são alguns dos grandes nomes que já vestiram suas peças. Amaka Osakwe é quem deu vida a marca nigeriana Maki Oh. Criada em 2010, foi uma das primeiras marcas nigerianas a ter reconhecimento global. Já em 2012 fez a sua estreia a semana de moda de Nova Iorque foi coberta de elogios por estar usando técnicas manuais na construção de adire – um padrão – em suas criações. O maior diferencial da Amaka, é a forma com que ela constrói os tecidos e a pintura de suas estampas (feitas manualmente) e com ingredientes naturais. Em suas coleções também são inseridos, com frequência, diálogos históricos.
Maddona Kendona-Sowah
Maddona Kendona-Sowah notou que os tecidos do norte de Gana eram negligenciados por outros designers e ela mesma resolveu virar esse jogo. Em 2013, ela fundou a Raffia, uma marca que combinou o seu fundo de investimento econômico com suas aspirações de moda. Hoje em dia, a marca produz coleções que pretendem educar sobre as tradições do leste e norte de Gana. Até mesmo o nome da marca é uma homenagem a infância de Maddona no norte de Gana, onde o clima era muito seco e a fez lembrar da ráfia seca.
Abrima Erwiah
Abrima Erwiah criou, em parceria com a atriz Rosario Dawson, a Studio 189, uma plataforma de moda de alto alcance pensada em cima do conceito de slow fashion e de artesanatos especializados. Embora a sede seja em Gana, a marca busca matéria-prima de todo o continente, incluindo Mali e Nigéria. O coração da Studio 189 é asustentabilidade, a comunidade e a crença de que a moda pode ser usada para provocar grandes mudanças sociais. Desde que foi fundada, em 2011, vem colaborando com a Vogue, e já lançou uma coleção com objetivo de angariar fundos para o combate da violência contra a mulher.
Emily Okoampah
A designer Emily Okoampah fundou a marca
Chemphe Bea em 2010 enquanto estudava em Londres. Suas criações consistem em
estampas de cores fortes combinados com seda ou tafetá, criando texturas inesperadas. Emily também aposta em drapeados para criar modelagens que caiam bem em todos os tipos de corpos. Lá no nosso
grupinho do facebook, uma leitora chegou a falar sobre o
An African City, uma
web sérieonde as peças bafo da marca aparecem na primeira temporada.