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terça-feira, 03 outubro 2023
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Prêmio Arcanjo de Cultura se prepara para a sua segunda edição

Com data e local confirmado, os jurados da premiação já divulgaram a lista de convocados deste ano.

Em dezembro do ano passado aconteceu a estreia do Prêmio Arcanjo de Cultura, idealizado pelo renomado jornalista, colunista e crítico de arte Miguel Arcanjo Prado. A premiação é uma forma de celebrar quem faz da arte o seu meio de vida e sobrevivência. Os jurados são especializados nas produções contemporâneas que englobam várias áreas artísticas, como: Artes Visuais, Cinema, Música, Streaming TV e Teatro. A primeira edição foi um sucesso e neste ano não poderia ser diferente. A bancada do júri será composta por Miguel Arcanjo, Adriana de Barros, Bob Sousa, Elba Kriss, Hubert Alquéres e Zirlene Lemos. A seleção será minuciosa levando em consideração o cenário atual da pandemia da COVID-19, que paralisou o setor cultural e obrigou os artistas a se reinventarem neste cenário caótico. 

O Prêmio Arcanjo terá sua segunda edição. (Foto: Reprodução)
O Prêmio Arcanjo terá sua segunda edição. (Foto: Reprodução)

A premiação está marcada para dezembro de 2020 no Theatro Municipal de São Paulo. O prestígio da cerimonia ressalta o valor da cultura no Brasil. A lista de participantes é composta por nomes variados, mas todos tem uma coisa em comum, o apreço pela arte feita com acessibilidade. Anderson Jesus, criador do Portal TNM – Todos Negros do Mundo, fundador e diretor da produtora Iracema Rosa Filmes, é indicado ao prêmio na categoria Especiais e revela que é uma honra dividir espaço com grandes nomes como Elza Soares, Fabio Porchat, entre outros. “Fiquei muito emocionado. Ano passado eu estava lá no Theatro Municipal como espectador e esse ano a gente acabou sendo indicado, meio que não acreditei. É interessante porque às vezes a gente faz um trabalho que parece que não é tão visto como a gente imagina. O TNM – Todos Negros do Mundo, que começou lá trás em 2016, hoje tem se tornado uma coisa muito grande, e que dá esses prazeres pra gente. Isso é o que nos move.”, disse o diretor. 

Para Miguel Arcanjo a postura dos artistas nesse momento deve ser enaltecida. “O artista brasileiro segue resistindo e sobrevivendo milagrosamente. O Prêmio Arcanjo de Cultura aplaude e valoriza essa garra inesgotável do artista brasileiro.”, relatou o jornalista.

O Prêmio Arcanjo terá sua segunda edição. (Foto: Reprodução)
O Prêmio Arcanjo terá sua segunda edição. (Foto: Reprodução)

Seguindo o padrão de 2019, a edição deste ano também contará com 12 personalidades indicadas ao Prêmio Especial da cerimônia de diversas áreas, com alguns destaques, como: Elza Soares, Fabio Porchat e Ângela Ro Ro. Na lista abaixo contém os nomes dos indicados de cada área de expressão artística do primeiro semestre escolhidos pelo júri:

ARTES VISUAIS

Acervo Vladimir Herzog, Instituto Vladimir Herzog (IVH) e Itaú Cultural: Pela construção e preservação da memória do grande jornalista brasileiro, assassinado pela ditadura.

Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo: Pela valorização da reflexão e proposta de diálogos sobre as Artes Visuais.

Edson Lopes Jr.: Pelo sensível olhar foto jornalístico no registro da pandemia do novo coronavírus na cidade de São Paulo.

J. C. Serroni: Pelos 70 de vida e grande contribuição, com projetos cenográficos, ensino, pesquisa e publicações, às Artes Visuais e ao Teatro Brasileiro.

John Lennon em Nova York por Bob Gruen – MIS: Pela apresentação da trajetória visual de um dos maiores artistas do século 20.

Paulo Nazareth: Pela trajetória andarilha nas Artes Visuais, com reconhecimento internacional, sem perder a essência de sua comunidade em Minas Gerais.

CINEMA

A Febre – Pela proposição da diretora Maya Werneck Da-Rin em dar voz ao indígena em um país entregue à voracidade predatória.

Fim de Festa – Pela proposta do diretor Hilton Lacerda em construir um filme inteligente e divertido, verdadeiro deleite para quem gosta de cinema.

Mostra de Cinemas Africanos e Vídeo nas Aldeias – Por serem duas iniciativas de inclusão audiovisual: a primeira, apresentando o novo cinema da África, e a segunda por ser importante projeto de produção audiovisual indígena.

Sete Anos em Maio e Vaga Carne – Pela união na exibição de dois médias poderosos na mensagem e qualidade de produção: de um lado a denúncia do genocídio negro, do outro um corpo buscando sua voz.

Silvio Guindane – Pela constante demonstração de ser um ator versátil com trajetória propositiva no cinema, teatro e TV, não se prendendo à atuação, mas navegando ainda pelo roteiro, dramaturgia e direção.

SPCine Play – Por ser plataforma pública pioneira de streaming no Brasil, que valoriza e amplifica o audiovisual nacional.

MÚSICA

Bárbara Bivolt – Pelo primeiro disco, fruto de uma década de dedicação ao rap.

Edital Natural Musical – Pelo constante estímulo à nova música brasileira.

Gilberto Gil e BaianaSystem – Pelo disco Gil Baiana Ao Vivo em Salvador, registro de encontro geracional potente e histórico.

João Gordo – Pela corajosa trajetória que o torna um dos maiores nomes do punk nacional.

Kunumi MC – Por ser voz primordial para o discurso indígena na cena musical.

Teresa Cristina – Pelas lives que foram porto seguro de inteligência e cultura nesta quarentena.

STREAMING TV

Amazon Prime Vídeo – Pelo crescimento no Brasil do serviço de streaming que apresenta produções próprias e outros atrativos que pensam no usuário, como as legendas reguláveis.

As Aventuras de Poliana – Pela garra da equipe do SBT em produzir teledramaturgia na cidade de São Paulo com sucesso e por ter sido a única novela inédita no ar durante a pandemia.

Babu Santana e Thelma Assis – Pela representatividade negra que conquistou o Brasil no Big Brother Brasil, reality da Globo.

CNN Brasil – Pela estreia, pelo crescimento e por ter rapidamente se tornado importante opção de informação para o público brasileiro.

Em Nome de Deus – Pela revelação dos bastidores do caso João de Deus em uma verdadeira aula de jornalismo investigativo presente na série do Globoplay.

Sinta-se em Casa com Marcelo Adnet – Pela criatividade durante a pandemia do humorista carioca, que conseguiu aliviar no Globoplay as tensões do complicado período.

TEATRO

A Arte de Encarar o Medo – Pela coragem da Cia. de Teatro Os Satyros, conduzida por Ivam Cabral e Rodolfo Vázquez, na criação pioneira do teatro digital em diálogo com o mundo neste momento de distanciamento social.

A Cor Púrpura – Pela impecável produção de teatro musical, com elenco e equipe totalmente dedicados em contar uma forte história negra com múltiplos significados.

Desamparos – Pelo mergulho sensível e virtual da atriz Cléo De Páris sob direção de Fábio Penna, sendo respiro poético em meio ao caos.

Jane Di Castro, Divina Valéria, Eloína dos Leopardos, Camille K, Marcia Dailyn e Divina Nubia. – Pelo pioneirismo na representatividade trans e transformista nos palcos brasileiros e internacionais.

O Canto de Ninguém – Pela madura construção dramatúrgica de Luccas Papp bem como pela estreia brilhante da estrela dos musicais Fabi Bang no teatro dramático.

O Filho do Presidente – Pelo desbravar do digital a cargo do Teatro Caminho, com Ricardo Cabral dirigido por Natasha Corbelino em uma experiência intimista virtual.

ESPECIAL

Elza Soares – Pelos 90 anos desta artista de grande talento, farta coragem e constante capacidade de reinvenção.

Fábio Porchat – Pelas entrevistas em formato live na quarentena e pela ajuda a artistas e técnicos em vulnerabilidade.

Angela Ro Ro – Pelos 70 anos de uma artista talentosa, pioneira na liberdade do amor e com trajetória de sucessos que marcaram gerações.

Hilton Cobra – Pela irretocável trajetória de valorização do teatro negro, coroada com a excelente peça Traga-me a Cabeça de Lima Barreto.

Pedro Paulo Cava – Pela trajetória de 70 anos de vida e dedicação às artes cênicas em Minas Gerais, onde comanda há 30 anos o Teatro da Cidade em Belo Horizonte.

Os Crespos – Pelos 15 anos da importante companhia dedicada ao teatro negro sob comando de Lucélia Sergio e Sidney Santiago Kuanza.

Anderson Jesus – Pela proposta de comunicação que valoriza a trajetória negra, foco do projeto de conteúdo digital Todos Negros do Mundo (TNM).

Itaú Cultural – Pelos editais Arte como Respiro durante a quarentena em diferentes linguagens artísticas, que trouxeram fôlego extra às artes.

Sesc São Paulo – Pela série #EmCasacomSesc com espetáculos apresentados no Sesc ao Vivo, representando nova possibilidade produtiva na quarentena.

Fundo Marlene Colé da APTI, Fundo Iasmine do Teatro Musical, APTR, SP Escola de Teatro, Cooperativa Paulista de Teatro e Sated – Pela ajuda a artistas e técnicos vulneráveis na crise da pandemia.

Hugo Possolo – Pelos editais culturais da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo durante a quarentena, primordiais para a sobrevivência do campo cultural paulistano.

Sérgio Sá Leitão – Pelo projeto #CulturaEmCasa da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, que mobilizou artistas e público na quarentena.

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