O racismo pode acontecer de muitas maneiras, desde o ataque até a ausência de negros nos espaços. Na moda, obstáculos muito grandes precisam ser enfrentados para que negros estejam representados.
A prova disso é a polêmica foto de lançamento do produto “Wakanda Forever”, da varejista Forever 21. Para vestir um suéter com o principal dizer do filme da Marvel, a Forever 21 escolheu um modelo branco.
“Pantera Negra” foi sucesso de bilheteria, com elenco majoritariamente negro, além de uma história regada de ancestralidade e consciência racial. Apesar disso, mesmo com tantos modelos negros no mercado, selecionaram alguém com perfil diferente daquele representado no filme.
Se negros já não são frequentemente escolhidos para estampar campanhas de moda, uma discussão ainda além dessa, que pelo menos fossem selecionados para modelar discursos que lhes cabem.
Depois de críticas de internautas, a Forever 21 tirou do ar a foto e emitiu um comunicado: “A Forever 21 leva o feedback sobre nossos produtos e marketing extremamente a sério. Celebramos todos os super-heróis com muitos modelos diferentes de várias etnias e pedimos desculpas se a foto em questão foi ofensiva de alguma forma.”
“Wakanda Forever” não é apenas a fala de uma produção cinematográfica. A expressão se tornou um discurso político e as empresas devem acompanhar essa evolução.