Depois de três anos fora das prateleiras, Num tronco de Iroko vi a Iúna cantar ganha segunda edição. Escrito por Erika Balbino e ilustrado pelo grafiteiro Alexandre Keto, o livro vendeu 3 mil exemplares e participou de feiras internacionais.
O título levou o tema da Capoeira para Bologna, depois de selecionado para integrar o catálogo da feira literária pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). A obra teve ainda destaque durante o Salão do Livro de Paris, que teve o Brasil como país homenageado. Além disso, Alexandre Keto foi selecionado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) para a Bienal Internacional de Bratislava – BIB.
“Ao longo da sua trajetória, o livro sofreu barreiras em função de seus protagonistas serem Cosme, Damião e Doum. No entanto, com ampla cobertura positiva da imprensa, do boca a boca de profissionais da capoeira, do povo dos terreiros, dos especialistas em literatura infantojuvenil e dos contadores de história, em um ano e meio o livro se esgotou. Apesar da Editora Peirópolis ter disponibilizado uma versão online, as pessoas queriam o livro, pois ele vem com um CD de contação na íntegra de todo o conteúdo, além de músicas. Quando a editora me informou que uma nova leva impressa estava para sair do forno, fiquei muito feliz. E isso foi em setembro, mês dos festejos dos erês”, afirma Erika Balbino.
Num tronco de Iroko vi a Iúna cantar volta à roda aproximando crianças da capoeira por meio de figuras das religiões de matriz africana que tanto representam a infância, ao lado de outros elementos da cultura negra, cabocla e indígena.
“Trata-se de uma história que promove o afeto e a descoberta. Acho que não havia momento mais oportuno para esse título dar a volta ao mundo, como a gente diz na capoeira”, complementa Erika.