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terça-feira, 03 outubro 2023
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Lia para manter minha sanidade mental, diz ex-Pantera Negra preso 45 anos numa solitária

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Via Uol

 

Lia para manter minha sanidade mental, diz ex-Pantera Negra preso 45 anos numa solitária

Em primeira entrevista após sair da prisão, Albert Woodfox disse que precisava ‘manter o foco na sociedade, permanecer conectado com o mundo exterior’

“[Ler] era uma das ferramentas que nós usávamos para permanecer focados e conectados com o mundo exterior”, disse Woodfox, ao ser perguntado se ler era permitido durante a detenção. Ele especificou que costumava ler “livros de história e sobre Malcolm X”, além de obras de Martin Luther King, Frantz Fanon e James Baldwin.

Reprodução/Democracy Now!

Ativista permaneceu detido por 45 anos na penitenciária de segurança máxima de Angola, na Louisiana

Woodfox foi libertado na última sexta-feira (19/02), dia em que completou 69 anos. Ele, a pessoa que passou mais tempo presa em uma solitária na história dos Estados Unidos, foi o último dos chamados “três de Angola” — em referência ao nome do estabelecimento prisional onde estava — a ser libertado. Woodfox integrava o grupo dos Panteras Negras, que militava por autodefesa dos negros contra o racismo e a violência policial.

Perguntado sobre o papel de Burl Cain, então diretor da penitenciária, e de Buddy Caldwell, então procurador-geral da Louisiana no caso, Woodfox afirmou que eles “desrespeitaram totalmente a Constituição, a lei, o processo legal e a falta de evidência”. “Eles apenas decidiram que éramos culpados e que fariam tudo que pudessem para nos deixar presos até morrermos”, afirmou.

O ativista destacou que foi visitar as lápides da mãe e da irmã, primeiro local aonde se dirigiu ao sair da prisão, por sentir um “vazio” ao não ter podido se despedir delas. Woodfox disse que na ocasião das duas mortes requereu uma ida ao funeral, mas em ambos os casos a Justiça negou.

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