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terça-feira, 03 outubro 2023
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Kondzilla se torna maior canal do youtube no Brasil

Com mais de 5 bilhões de visualizações, Kondzilla se torna o maior canal do Youtube no Brasil. Superando até mesmo os desenhos da Galinha Pintadinha, famosos por acalmar e alegrar as crianças, os vídeos do canal são clicados mais de duzentas vezes por segundo. Konrad Dantas, o Kondzilla, diretor e empresário, é também agente para shows de artistas como Guimê, Bin Laden e Kevinho.

Em entrevista ao G1, Kondzilla afirmou o desejo de ser o maior comunicador com jovens de comunidade do Brasil. Aos 28 anos, o empresário que iniciou o negócio em seu quarto, realiza as produções audiovisuais numa casa de dois andares onde trabalham mais de 30 funcionários, simultaneamente, em pelo menos dois diferentes vídeos que custam a partir de R$ 50 mil.

Foto: Reprodução/Facebook
Foto: Reprodução/Facebook

Na Zona Leste de São Paulo, a casa é o cenário de clipes grandiosos cerceados por boas estratégias: “o normal é que todo vídeo tenha 1 milhão de views em 24h”, declarou Konrad ao G1, que revelou ainda não ter começado do zero, como imaginam. Na verdade, o homem negro, da favela e sem sobrenome gringo é produto de exceção dos cenários socialmente marginalizados.

Kondzilla avistou o funk como um grande espaço de crescimento, entendendo a ostentação como uma maneira de entretenimento para a juventude pobre que sonha com um tênis legal no pé, com um carro legal e um cordão de ouro. O diretor reconhece que, nos contextos em que vive a parcela periférica da sociedade, o sofrimento é roteiro diário. Por isso, decidiu investir na reprodução da vida que quem cresce emendando chinelo sempre quis ter.

Konrad Dantas se tornou referência no mundo do funk, excedendo a fama de MCs graças às suas produções audiovisuais. Aprendeu a fazer vídeo com o dinheiro que sua mãe deixou ao morrer. Negro, favelado, sem sobrenome burguês, Kondzilla é referência para a juventude preta, pobre e periférica. E mais: é exemplo de resistência sobre uma expressão cultural marginalizada e que, ainda que muita gente banalize, já salvou vidas e colocou o pão na mesa. Orgulho.

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