De acordo com um estudo de 2013, da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina, a representatividade da mulher negra no Jornalismo brasileiro ainda é pequena – apenas 23% dos jornalistas, na época, eram negros e negras. Embora não haja um recorte de quantas negras atuam como profissionais de imprensa e nem dados atualizados sobre a pesquisa, a disparidade entre mulheres brancas e negras ainda é visível no mercado de comunicação.
É por isso, que no mês da Consciência Negra, apresentamos seis jornalistas negras, que estão trazendo à tona a importância da representatividade na comunicação, e que precisam ser conhecidas e acompanhadas não só em Novembro, mas durante todo o ano.
Quem você acompanha no YouTube?
Jornalistas negras
NATHÁLIA BRAGA – Nathália Braga é jornalista pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e criadora de conteúdo. Em seu canal no Youtube e nas redes sociais aborda temas como tecnologia, sexualidade, infância, gênero e questões raciais. É co-fundadora da plataforma de conteúdo Influência Negra, que foi reconhecida com o prêmio Sim à Igualdade Racial em 2021, na categoria Destaque Publicitário em campanha em parceria com a Dove e Refinery 29. Também foi Head de Áudio da plataforma, tendo conduzido as duas primeiras temporadas do podcast. Em 2021, foi indicada a Jornalista do ano na editoria diversidade no Prêmio Troféu Imprensa.
ROBERTA CAMARGO – Autora do projeto Simplão e repórter do Canal Reload, é formada pela Universidade Anhembi Morumbi, e já trabalhou em veículos como Band, Alma Preta, Half Deaf, Loading e no Projeto Comprova. Tem vasta experiência em cobertura de eventos, redação de revista, produção de podcasts e em criação de conteúdo para a internet.
VICTÓRIA HENRIQUE – Atualmente repórter na ONG Voz das Comunidades, a jovem cursa Jornalismo na Universidade Federal Fluminense do Rio de Janeiro. Já trabalhou em veículos como Notícia Preta, portal de jornalismo antirracista, e Mídia Ninja. Em 2019, atuou como monitora de fotografia em um centro cultural no Morro da Providência, favela no Centro do Rio. Apesar da curta trajetória no jornalismo e por ainda não estar formada, Victória já vem se consolidando como uma das grandes promessas do jornalismo ativista.
VITÓRIA RÉGIA – Natural de Alagoas, se mudou para o Rio de Janeiro para cursar Comunicação Social com habilitação em Jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Já atuou em veículos independentes como Revista Apuro, Overdose e O Arquipélago. Em 2015, começou a colaborar na Revista Capitolina, e no ano seguinte tornou-se uma das editoras da revista. Em 2017, passou a integrar a equipe editorial da Gênero e Número e da Revista Híbrida.
ALICE DE SOUZA – Jornalista, repórter e professora, Alice é coordenadora de sistematização de metodologias jornalísticas na Énois, colaboradora da Agência Retruco de Jornalismo e do Portal Lunetas, além de fazer parte da Red LATAM de Jovens Jornalistas Distintas Latitudes. Já atuou em veículos como Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio de Comunicação e tem trabalhos publicados em Estadão, Agência Lupa, TAB Uol, El País Brasil, Agência Pública, entre outros.
LARISSA CARVALHO – Fundadora e editora-chefe do Site Negrê, o primeiro portal de mídia negra nordestina do Brasil, também é fundadora e CEO da marca de roupas Ateliê Sankofa e autora do livro-reportagem “Mutuê: relatos e vivências de racismo em Fortaleza” (2021). As suas áreas de atuação profissional e interesse são gestão de mídia e de pessoas, jornalismo antirracista, jornalismo internacional, jornalismo literário, filosofia africana, entre outras.