MOSTRA EMPODERADAS: MULHERES NEGRAS NO AUDIOVISUAL
Durante o 1º Encontro Nacional Empoderadas, será realizada a 1å Mostra Empoderadas Mulheres Negras no Audiovisual. Foram mais de sessenta inscrições de produções brasileiras nas quais, ao menos uma função técnica ou de atuação contava com a presença de uma mulher negra.
A curadoria feita por quatro cineastas negras: Keila Serruya (Coletivo Picolé da Massa e Várzea das Artes – AM), Ilirana Rodrigues (Criadoras Negras – RS), Thamires Vieira (Tela Preta – BA) e Renata Martins (Empoderadas – SP), teve como objetivo escolher obras que refletissem a pluralidade da produção do audiovisual negro e as múltiplas vozes e presenças femininas nelas.
Nas palavras da diretora geral do Encontro e curadora da Mostra, Renata Martins: “nosso entendimento desde a organização do Encontro à curadoria da Mostra, partiu da premissa de que independente da função e da linguagem, se faz necessário lançar luz sobre o racismo e o machismo institucional (e estrutural) que agem como forças antagônicas, forças excludentes e hostis às profissionais negras, seja nas médias ou nas grandes produtoras e emissoras”.
Ao todo foram selecionados 31 filmes, divididos em seis sessões: Novas formas de Contar, Contar para não esquecer, Narrativas de uma mulher (especial Everlane Moraes), Mostra Brasil I e II. De acordo com a curadora baiana Thamires Vieira: “contemplar filmes protagonizados por mulheres negras que estão além do que se resume as funções de direção ou roteiro, nos coloca em um lugar mais atento para perceber o desempenho das funções protagonizadas por estas dentro da produção cinematográfica. Ver como as narrativas, mulheres negras, protagonizando e lançando seu olhar sobre o mundo e para mundo, afirmando sua importância e imprimindo novas formas de dizer, nos amadurece diante desse campo de disputa intelectual. Curar os filmes por esta ótica é experimentar falar de mulheres negras, com mulheres negras, o que é sem dúvida um importante processo de curar”.
A Mostra e o Encontro são ações de desdobramento do projeto Empoderadas que há dois anos vem realizando produções audiovisuais em forma de websérie com mulheres negras, com realização de profissionais negras. Para a curadora Iliriana Rodrigues, integrar uma núcleo curatorial formado por mulheres negras é “de fundamental importância. O cinema só pode ser chamado de “universal” se todas as vozes estão sendo representadas e ouvidas. As nossas leituras das personagens são outras, são diversas, são plurais e partem das nossas vivências como mulheres negras em sociedade. Isso reforça a necessidade de festivais, mostras, cineclubes, editais, terem entre suas bancas, seus avaliadores pessoas negras também e isso não é favor, é o mínimo numa sociedade brasileira em que mais da metade da população é autodeclarada negra. Estamos em todos os lugares, queremos estar nas telas e em todas as áreas do fazer cinematográfico”.
Os desafios para a realização de uma mostra deste quilate são inúmeros. Mas a concretização deste sonho indica que estamos no caminho certo, de coragem e compromisso com a real diversidade nas telas e atrás das câmeras.
Sobre as sessões
Dos inscritos para Mostra, quarenta eram documentários, o que segundo Ilirana Rodrigues, indica que o grande número de produções documentais refletem “a relação com o contexto atual de nossas vozes sendo ditas por nós mesmas. O documentário, mesmo sendo “ficção” de uma certa forma, nos dá a possibilidade de escrever as nossas próprias histórias através do nosso protagonismo. As vozes de nossas ancestrais, de nossas mais velhas, as leituras plurais e diversas a partir das nossas vivências em diferentes contextos sociais”, explica Ilirana. Assim, as nossas primeiras referências negras têm espaço para representatividade por nós mesmas. Esse panorama de produções documentais na Mostra, estará refletido na sessão Contar para não esquecer.
Na busca por contemplar a diversidade dos formatos e linguagens narrativos, a sessões Novas formas de Contar e Mostra Brasil I e II foram pensadas para representar esses “novos pensamentos, essas novas verdades, somos mulheres negras que produzimos audiovisual. E somos, sobretudo. diversas, somos múltiplas e algumas de nossas narrativas são espelhos e o ponto de reconhecimento, mas outras, são um leque de aprendizado sobre a existência da outra”.
Integrando a programação do Encontro, no dia 8 de agosto, em parceria com o Cinesesc será realizada a sessão Narrativas de uma mulher: especial Everlane Moraes. “Muitos dos filmes escolhidos constroem memória e identidade. Mas é justo citar a baiana, Everlane Moraes que é uma potência como diretora de documentário, ela é jovem, mas já produziu diversas obras. Seu poder de entender o tempo, o espaço, o conflito e ter habilidades audiovisuais fez dela um desataque da mostra, teremos um tempo na mostra só pra ela. A obra de Everlane, para além de interessantes, tem uma boa fotografia, um bom exercício da linguagem cinematográfica. Sua sonografia é bem marcante e bem construída, acentuando em alguns momentos, elementos–))chave da narrativa”, explica a curadora amanuara Keila Serruya.
A sessão especial no Cinesesc será seguida de bate-papo com a cineasta Everlane Moraes e a pesquisadora Kênia Freitas (Brasília).
Em linhas gerais a Mostra e o Encontro buscaram em sua concepção abrir um campo para o diálogo, para escuta, contemplação e reflexão das obras de mulheres negras no audiovisual. “Visualizar que todas narrativas são pontos de verdades pessoais e que esse é um espaço de voz para essas mulheres produtoras de cinema e vídeo traz uma certa dificuldade na hora de realizar essas escolhas. As mulheres sentem diversas pressões sociais em qualquer profissão, mas o audiovisual e toda sua misoginia e racismo traz uma dificuldade muito maior a todas aquelas que investem na área. O cinema brasileiro é branco, masculino e burguês, ele não aceita o feminino e se esforça em dizer que está tudo bem e que todos têm espaço. As realizadoras que inscreveram seus filmes são pessoas que insistem em existir. Arte é política, e uma mostra de mulheres negras se faz política da forma eficiente para o bem comum, uma luta por espaço e o entendimento que todas merecem lugar ao sol”, finaliza Keila Serruya.
Serviço Mostra Empoderadas Mulheres Negras no Audiovisual
01 a 08/08/2017 às 18h – Exceto no dia 08/08/2017, que será no CineSESC às 20h30 seguida de bate papo com a diretora, a pesquisadora Kênia Freitas, mediado pela cineasta Renata Martins.
Local: Aparelha Luzia -Rua Apa 78 – Campos Elísios.
VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA
MOSTRA EMPODERADAS MULHERES NEGRAS NO AUDIOVISUAL
02/08/2017 | SESSÃO 1 | NOVAS FORMAS DE CONTAR
Arte do Cumpizeiro (4’56) | Episódio 1: Samuel Santiago
Ano: 2013 | Gênero: Websérie | São Paulo
Sinopse: Em um cotidiano repleto de diversidade nos deparamos com populares cheios de histórias inesperadas e impressionantes. São eles os personagens da vida comum. Com depoimentos em áudio ilustrados por fotografias que revelam a sensibilidade e sutileza de cada ser.
Ficha técnica
Direção: Deborah Pavani. Produção: Deborah Pavani e Jeferson Santos. Direção de Fotografia: Alex Batista. Desenho de Som: Jeferson Santos. Artes Gráficas: Sérgio Santos
Raiz Forte (10’00)
Ano: 2012 | Gênero: Websérie | Vitória (ES)
Sinopse:
O primeiro episódio da série web-documentária Raiz Forte aborda quais foram os rituais de manipulação do cabelo crespo durante a infância da mulher negra.
Ficha técnica:
Direção: Charlene Bicalho. Direção de Arte: Pedro Ribeiro. Elenco: Ana Bia Magdalena, Aiana Magdalena, Selma Dealdina, Pandora de Luz, Suely Bispo, Diane Karoline, Stela Raye, Iorrana Pupa, Luara Monteiro, Leane Barros e Ricardo Magalhães Produção: Charlene Bicalho & Msensorial. Câmeras Adicionais: Jean Pereira, César Pimentel, Luara Monteiro.
Empoderadas: Dediane Souza (6’00)
Ano: 2016 | Gênero: Websérie | São Paulo
Sinopse: Uma travesti em primeira pessoa: “(…) As pessoas não me reconhecem como mulher em muitos espaços, elas não me reconhecem como homem em lugar nenhum e elas também não querem me reconhecer como travesti!
Direção | Roteiro e Montagem: Renata Martins Direção de fotografia: Joyce Prado.
Bodeado (6’41)
Ano: 2016 | Gênero: Vídeo clipe | Recife (PE)
Sinopse: “Seres submersos, encontros místicos, um respiro.”
Ficha técnica:
Direção: Ana Olívia Godoy Roteiro: Ana Olívia Godoy Direção de fotografia: Gabriel Çarungaua Direção de arte e figurino: Cíntia Lima Elenco: Clebia Sousa, Cintia lima, Daniela Nigri, Diogo Marcos Testa, Joana Liberal, Jean Santos, Keyse Menezes, Linda de Morrir, Lucas Fonseca, Marcio Figueiredo, Marco Bonachela, Mariah Jimenez, Nano Sanderson, Nathalia Queiroz e Pedro Toscano. Direção de produção: Fernanda Régis Produção: Keyse Menezes e Danielle França Produção executiva: Marco Bonachela
Da minha pele (234)
Ano: 2016 | Gênero: Vídeo poesia | Niterói (RJ)
Sinopse: Vídeo poesia em homenagem ao Diego Vieira Machado, estudante de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, assassinado no Campus do Fundão em Junho de 2016.
Ficha técnica:
Direção: Rosa Miranda, Carol Rocha, Mi La e Allan de Souza Roteiro: Rosa Miranda Fotografia: Juliana Alves e JV Santos Direção de arte: Carol Rocha e Lorena Gomes Elenco: Ézio Rosa, Jo Gada, Natã Zimba, Niázia Nascimento, Rosa Miranda Produção: Kbça D’ Nega e Camila Neves. Edição de som: Allan Souza e Rosa Miranda. Edição e montagem Rosa Miranda
Mulheres (es) pelhos (7’29)
Ano: 2015 | Gênero: Ficção/Experimental | Afogados da Ingazeira (PE)
Sinopse:
Que enigmas meninas e mulheres escondem por detrás dos seus reflexos? Mulheres que a sociedade míope, distorce parecendo não enxergar ou enxergando pelo avesso, como elas se vêem? Como se desprender desses traumas? Conheça a história de várias mulheres, de vários nomes, multiplicada, refletida em uma só protagonista.
Ficha técnica:
Direção: Rayza Oliveira Roteiro: Maria Samara e Tayná Nunes Direção de Fotografia: Gláucia Bruce, Karla Fagundes e Rafaella Gomes Direção de Arte: Maria Samara e Tayná Nunes Elenco: Rayza Oliveira Produção: Sheila Pereira. Edição: Erlânia Nascimento Vozes: Fabiana Maria, Rafaella Gomes, Rayza Oliveira e Sheila Pereira Música: Kevin Macleod- Odum Ori
Reflexiva (3’3)
Ano: 2016 | Gênero: Curta (doc) | Feira de Santana (BA)
Sinopse: Nas inúmeras pilhas materiais que soterraram até a mais ínfima reflexão sobre as memórias e acontecimentos que mudaram minhas escolhas e tornaram cotidiana minha natureza acumulativa, busco a razão dos excessos. No amontoado de objetos que me consome e sufoca, Reflito.
Ficha técnica
Direção: Clarissa Brandão Fotografia:Tiago Araújo Arte: Fernanda Yanevisk
Produção: Clarissa Brandão e Fernanda Yanevisk. Montagem: Tiago Araújo
Dandara: Face feminina de Palmares (1’28)
Ano: 2014 | Gênero: Vlog/ Canal de You Tube | Vitória (ES)
Sinopse: E Dandara dos Palmares, você sabe quem foi? Além de esposa de Zumbi e mãe de 3 filhos, ela lutou com armas pela libertação total das negras e negros no Brasil, liderava mulheres e homens, também tinha objetivos que iam às raízes do problema e, sobretudo, não se encaixava nos padrões de gênero que ainda hoje são impostos às mulheres.
Ficha técnica:
Direção: Amanda Cabral Roteiro: Amanda Cabral Fotografia: Stel Miranda Elenco: Jasmim Rodrigues da Silva, Amanda Cabral, Anadiele Pereira Guida, João Kleber Pereira, Matheus Henrique Machado, Marcos Roberto Produção: Amanda Cabral , Stel Miranda. Montagem: Jessica Vago, Amanda Cabral
Unos quantos pequetitos
(2’00) Ano: 2016 | Gênero: Curta – Ficção | Rio de Janeiro (RJ)
Sinopse:
A partir da obra de Frida Kalo unos quantos piquetitos onde a pintura narra um assassinato de uma mulher e seu agressor, que ao ser preso faz a seguinte afirmação “foram so unos quantos piquetitos”. Tentamos reconstruir o ambiente hostil do quandro no sentido simbólico de como nós mulheres somos violentadas cotidianamente.
Ficha técnica:
Direção: Elizabete Martins Fotografia: Natana Magalhães, Hanna Stein Direção de arte: Franciele Campos Elenco: Anadiele e Jasmim Produção: Monique Nix
Rito (7’40)
Ano: 2014 | Gênero: Experimental | Recife (PE)
Sinopse:
Um ritual e as possibilidades do invisível
Ficha técnica:
Direção: Cíntia Lima, Bia Lima, Camila Storck e Maíra Tristão Fotografia: Bia Lima, Camila Storck e Maíra Tristão. Direção de Arte: Cíntia Lima, Bia Lima, Camila Storck e Maíra Tristão. Performance: Cíntia Lima.
Preta Expressa – Enegrecendo (7’07)
Ano: 2016/2017 | Gênero: Vlog | Porto Alegre (RS)
Sinopse:
O Preta Expressa é um canal no YouTube que se propõe a produzir conteúdo sobre questões relativas a pauta racial com enfoque nas narrativas da vlogger, Winnie Bueno.
Ficha técnica:
Roteiro: Winnie Bueno. Apresentação: Winnie Bueno Câmera: Daniela Lopes Edição: Daniela Lopes
Transporte público (4’10)
Ano: 2012 | Gênero: Experimental São Paulo (SP)
Sinopse:
Uma espécie de estúdio ambulante que capta sonoridades em diversos pontos da cidade de São Paulo, mesclando ambientes sonoros característicos de determinados lugares com instrumentos musicais, musicando e dando novas formas a poluição sonora presente no cotidiano, estimulando novas maneiras de ouvir e pensar os sons presentes no dia a dia.
Ficha técnica:
Direção: Deborah Pavani e Jeferson Santos Direção de Fotografia: Diego Catto e Diego Rodrigues Produção: Tatiana Macedo e Cristina Souza
Com os pés no chão (9,36)
Ano: 2017 | Gênero: Curta – Ficção | Salvador (BA)
Sinopse:
Júlia é demitida da função de diretora e é substituída pelo seu vice. Ao chegar em casa, em meio as tragadas e cafés, Júlia pensa as injustiças do mundo.
Ficha técnica:
Direção: Marise Urbano e Ihago Allch Elenco: Marise Urbano Fotografo: Ihago Allch
03/08/2017 | SESSÃO 2 | CONTAR PARA NÃO ESQUECER
A Solidão da Mulher Negra (7’32)
Ano: 2017 | Gênero: Curta – Documentário | Recife (PE)
Sinopse: Através de narrativas o vídeo documentário sobre a solidão da mulher Negra, da diretora pernambucana Juliana Lima, apresenta experiências de mulheres que resolveram lutar pela sua independência e contra o cruel cotidiano social imposto pelas discriminações, mas que têm em comum o fato de não ter parceiros afetivos fixos.
Ficha técnica:
Direção: Juliana Lima Roteiro: Juliana Lima Fotografia: Camila Valença Som: Cecília Araújo
Cinema de Preto (11′)
Ano: 2004 | Gênero: Curta – Documentário | Rio de Janeiro (RJ)
Sinopse: No set de filmagens de sua cinebiografia Abdias Nascimento debate com a equipe a contribuição de técnicos e a artistas negros para o Cinema nacional.
Ficha técnica:
Direção: Danddara Roteiro: Danddara Elenco: Abdias Nascimento Produção: Danddara Edição,Som e Câmera: Luiz Carlos Saldanha
Nós, Carolinas (17’20)
Ano: 2017 | Gênero: Documentário | São Paulo (SP)
Sinopse:
“Nós, Carolinas” traz as vivências e vozes de quatro mulheres que moram em diferentes bairros: Parque Santo Antônio, zona Sul; Jova Rural, zona norte; Perus, região noroeste e Guaianases, na zona leste. Joana Ferreira, Carolina Augusta, Renata Ellen Soares e Tarcila Pinheiro falam o que é ser mulher da periferia em cotidianos particulares, mas conectados pelo recorte de classe, raça e de gênero.
Ficha técnica:
Direção, Roteiro e Produção: Jéssica Moreira, Semayat Oliveira, Regiany Silva, Lívia Lima Direção de Arte: Regiany Silva Elenco: Dona Carolina Augusta de Oliveira, Joana Ferreira de Carvalho, Tarcila Pinheiro, Renata Ellen Soares Ribeiro Imagens: Daniele Menezes, Elis Menezes, Edison Rodrigues Galindo Júnior, Naná Prudêncio, Vinícius Bopprê, Yasmin Santos Edição, Montagem e animação: Ananda Radhika Videografismo e direção de arte: Regiany Silva
Na Rua (10’16)
Ano: 2015 | Gênero: Curta – Documentário | Rio de Janeiro (RJ)
Sinopse:
Dois personagens anônimos falam para uma rua, que não os ouve.
Ficha técnica:
Direção: Ziza Fagundes, Clementino Jr. e Marcelo Gomes Roteiro: Clementino Jr, Gisele Matheus, Lu Varello, Ziza Fagundes Produção Executiva: Marcelo Gomes, Ziza Fagundes e Gisele Matheus Argumento: Ziza Fagundes Câmera: Oziel David Marchon e Clementino Jr Imagens Adicionais: Ziza Fagundes Edição e Montagem: Clementino Jr
Trilha Original: Marlon Gangazumba
Travessia (4,41)
Ano: 2017 | Gênero: Curta – Documentário | Salvador (BA)
Sinopse:
Utilizando uma linguagem poética, Travessia parte da busca pela memória fotográfica das famílias negras e assume um postura crítica e afirmativa diante da quase ausência e da estigmatização da representação do negro.
Ficha técnica:
Direção: Safira Moreira. Roteiro: Safira Moreira. Fotografia: Caique Mello Rocha Produção: Safira Moreira.
Outras (22,34)
Ano: 2017 | Gênero: Curta – Documentário | São Paulo (SP)
Sinopse:
Vemos o cotidiano de seis mulheres de diferentes etnias e origens sociais. Escutamos desejos, angústias, ocupações e devaneios de suas bocas e de outras. Há lugares para onde partir que escapem as cobranças da nossa sociedade racista e patriarcal?
Ficha técnica:
Direção: Ana Julia Travia; Roteiro: Mariana Vieira; Fotografia: Isadora Maldonado, Giulia Martini, Mariane Nunes e Gabrielle Criss; Produção: Daniel Cabrel & Fernando Esposito Som direto: Raísa Queíroz, Natalia Caseu, Mariana Vieira & Mariane Nunes;
Tekoha – Mulheres indígenas: Lutas e Retomadas (21’55)
Ano: 2017 | Gênero: Curta- Documentário | São Bernardo do Campo (SP)
Sinopse:
Tekoha – Mulheres indígenas: Lutas e Retomadas é um documentário produzido pelo coletivo de mulheres Nós, Madalenas sobre a vivência e luta de mulheres indígenas das aldeias Tekoa Pyau- SP, Aldeia Maracanã – RJ, Aldeia Ita Poty – MS e Aldeia Guyra Kambiy – MS.
Ficha técnica:
Direção: Nós, Madalenas Roteiro/Pesquisa: Natalie Hornos, Fernanda Correia, Elis Menezes, Ione Maria, Alícia Peres, Daniele Menezes, Barbara Almeida de Souza, Luma Reis Direção de Fotografia: Daniele Menezes Produção Executiva: Luma Reis Direção de Som: Elis Menezes Direção de Produção: Fernanda Correia Montagem: Ione Maria
04/08/2017 | SESSÃO 3 | MOSTRA BRASIL 01
Do que Aprendi com a minhas mais velhas (26’4)
Ano: 2017 | Gênero: Curta – Documentário | Salvador (BA)
Sinopse:
Do que aprendi com minhas mais velhas é um documentário sobre a fé no Candomblé e como essa fé é transmitida de geração em geração. Um filme onde Egbomis, Nenguas e Yalorixás contam como aprenderam com seus mais velhos e como ensinam seus mais jovens. Um filme sobre tradição, amor e religiosidade.
Ficha técnica:
Direção: Susan Kalik E Fernanda Júlia Roteiro: Susan Kalik Elenco: Egbomi Cici D’oxaguiã, Egbomi Vanda Machado D’oxum, Makota Valdina De Kavungo, Nengua Ilza Mucalê De Matamba, Nengua Kyssasse De Yncossi, Nengua Nancancy De Zumbá, Yalorixá Lourdes D’oyá, Yalorixá Odete D’oxum, Yalorixá Rosa D’oyá As Crianças: Cristiano Pinheiro Neves, Dianne Yasmin Silva Santos, Maria Clara Dos Santos, Nathaly Gabriele Santos Oliveira, Sophia Paixão Campos Da Silva, Tauan Reis Bonfim Produção: Susan Kalik E Fernanda Júlia
Maria (17’31)
Ano: 2017 | Gênero: Curta – Documentário | Manaus (AM)
Sinopse:
Nascida aos 16 anos, numa cidade ensanguentada por corpos de peito e pau.
Ficha técnica:
Direção: Elen Linth e Riane Nascimento Roteiro: Elen Linth e Maria Moraes
Fotografia: Elen Linth Produção: Dheik Praia Direção de Som: Riane Nascimento Montagem: Bárbara Umbra
Gurufim da Mangueira (25’14)
Ano: 2000 | Gênero: Curta – Ficção | Rio de Janeiro (RJ)
Sinopse:
“Um jovem músico e líder comunitário morre subitamente. Na quadra da Mangueira, a velha guarda do samba, jovens funkeiros, amigos e admiradores se reúnem para prestar suas últimas homenagens. Mas fatos surpreendentes vão acontecer nesta estranha cerimônia.”
Ficha técnica:
Direção: Danddara Roteiro: Danddara e Rodrigo Gueron Fotografia: Maurizio D’atri Arte: Bernard Heimburger E Mina Quental Elenco: Ivo Meurelles, Thalma De Freitas, Silvio Guindanne, Heitor Martinez, Ana Luiza Rabello Produção: Mônica Behague Som: Joaquim Santana Montagem: Célia De Freitas
05/08/2017 | SESSÃO 4 | MOSTRA BRASIL 02
Em busca de Lélia (15’00)
Ano: 2017 | Gênero: Curta- Documentário | Cachoeira (BA) e Rio de Janeiro (RJ)
Sinopse:
Lélia Gonzalez. Seguindo os passos desse nome, começo a busca pela minha ancestralidade e por retratá-la. Professora e antropóloga, mulher à frente do seu tempo, protagonista na militância junto ao Movimento Negro nos anos 1970/1980, período no qual percorreu diversas cidades e países -, sempre afirmando sua identidade e denunciando o mito da democracia racial. Um símbolo de resistência e da luta pelos direitos de indígenas, negros e mulheres. Os afetos de Lélia me guiam por toda caminhada.
Ficha técnica:
Roteiro e Direção Beatriz Vieirah Direção de Fotografia e Câmera – Heloisa França Direção de Produção – Mateus Souza e Silva Produção Executiva – Daniela Fernandes
Sal do olhos (18’09)
Ano: 2015 | Gênero: Curta – Ficção | Brasilia (DF)
Sinopse:
Rafaela saiu da periferia para ir à universidade. Mas percebe que não pode deixar tudo para trás.
Ficha técnica:
Direção: Letícia Bispo Roteiro: Letícia Bispo, Juliana Plasmo, Silvia Paes e Cristina Silva Direção de fotografia: Raquel Gonçalves Direção de arte: Cristiana Augusto Direção de produção: Laís Araújo Produção executiva: Letícia Bispo Som direto: Vinicius Alves, Roger Troncoso, Matheus Sette e Henrique Vieira
Rainha (31’00)
Ano: | Gênero: Curta – Ficção | Rio de Janeiro (RJ)
Sinopse:
Rita finalmente realiza o sonho de se tornar a rainha da bateria da escola de samba de sua comunidade, todavia ela terá que lutar contra forças obscuras internas e
externas…
Ficha técnica:
Direção, Produção e Roteirista Sabrina Fidalgo Assistente de Figurino Cinthia Carvalho Coreógrafo e Assistente de Maquiagem Joel Rocha
Translucidos (14’9)
Ano: 2015 | Gênero: Curta – Ficção | São Paulo (SP)
Sinopse:
“Translúcidos” narra a vida de pacientes presos em uma clínica de tratamento de disforia de gênero. Ali transgêneros vivem a base de medicamentos e técnicas de aversão, fazendo um claro comentário sobre a presença de transgeneridade na Classificação Internacional de Doenças (CID).
Ficha técnica:
Direção e Roteiro: Asaph Luccas e Guilherme Candido Direção de produção: Caroline Santos da Silva Direção de Fotografia: Ana Carolina Melo, Tatiane Ursulino e Christian Oliveira Direção de Arte: Binho Oliveira Direção de som: Vinicius Marques
08/08/2017 | ATIVIDADE PARALELA (CINESESC) | NARRATIVAS DE UMA MULHER – COM EVERLANE MORAIS
El Reflejo” (3’38)
Ano: 2016 | Gênero: Curta – Ficção | Artemisa – CUBA
Sinopse: Enquanto trança o cabelo de sua neta, uma avó narra a história de uma árvore africana que foi castigada pela Mãe Terra por reclamar demasiado de sua aparência
Ficha técnica:
Direção: Everlane Moraes Fotografia: Julia Loyer Produção: Pablo Ascanio Som: Natalia Medina
Caixa D’água: Que Quilombo É Esse? (15’00)
Ano: 2013 | Gênero: Curta – Documentário | Sergipe – Aracaju.
Sinopse: A história e importância cultural de uma comunidade urbana remanescente de quilombos localizado em um bairro na cidade de Aracaju, capital de Sergipe.
Ficha técnica:
Direção: Everlane Moraes Produtor: Isaias Nascimento e Everlane Moraes Fotografia: Eduardo Freire e Moema Pascoini Fotografia Super 8: Moema Pascoini Elenco: Luisa Dandara, Gilson Marinho (Inha) Produção Executiva: Nah Donato Som Direto: Luís Oliva Montagem Gabriela Caldas Peformance Projeções: Yuri Alves
Allegro Ma Non Troppo: La Sinfonia De La Belleza (6’00)
Ano: 2016 | Gênero: Curta – Documentário | Havana – Cuba
Sinopse:
Sinopse: Uma investigação acerca da vaidade e auto representação que constituem parte da juventude cubana na cidade de Havana
Ficha técnica:
Direção: Everlane Moraes Produção: Everlane Moraes
Conflitos e Abismos: a expressão da condição humana (15’00)
Ano: 2014 | Gênero: Curta – Documentário | Aracaju – Sergipe
Sinopse:
A pintura de Everton não pretende agradar. Aos olhos desse artista, a humanidade é uma revelação do BELO através do FEIO.
Ficha técnica:
Direção: Everlane Moraes Fotografia: Moema Pascoini Fotografia Super 8: Moema Pascoini Produtor: Isaias Nascimento e Everlane Moraes Produção Executiva: Nah Donato Montagem Gabriela Caldas
La Santa Cena ( 13’28) – Inédito!
Ano de produção: 2017 | Gênero: Curta Documentário. | San Antonio de los Baños – Cuba.
SANTO ANTONIO DE LOS BANOS, CUBA. 7. Ano de produção * 2017 8. Sinopse: O filme reproduz o cotidiano de uma família afro cubana santera, evocando a relação entre o carnal e o espiritual no sacrifício do seu último galo para comer.
Ficha Técnica: Direção: Everlane Moraes. Fotografia: Flavio Rebouças. Roteiro: Julia Scrive Loyer. Produtor: Gregório Rodrígues. Montagem: Elena Cedenõ Gil.
Monga, Retrato de Café ( 13’05 ) – Inédito!
Ano de produção: 2017 | Gênero: Curta Documentário. | Serra Madre – Cuba.
Sinopse: Um convite para tomar uma xícara de café. Esse é o início de uma conversa íntima que me permite esboçar um retrato de Ramona Reyes, mulher que trabalha nas plantações de café, cultura que herdou do pai, um haitiano assassinado por ser um mensageiro dos rebeldes, para ajudar o triunfo da revolução. Suas mãos ressecadas, castigadas pelo trabalho, ainda mantém a vaidade simples de uma mulher que não há perdido a beleza.
Ficha Técnica: Direção, Fotografia, Roteiro e Montagem: Everlane Moraes. Som Direto: Lara Sousa.