Na última sexta-feira (06), a tecnóloga em Petróleo e Gás Marleide Nogueira, de 44 anos, foi vítima de racismo em Salvador (Bahia), próximo ao restaurante Canela com Pimenta onde assistia o jogo entre Brasil e Bélgica com amigos e familiares.
Ao sair do restaurante para buscar algumas coisas em seu carro, a mulher negra foi vítima de ataques racistas vindos de uma vizinha do restaurante que a chamou de “lixo” e de “macaca”. Ao jornal A Tarde, a tecnóloga disse ter achado estranho uma senhora com um celular na mão, aparentemente fotografando e fazendo gestos com os dedos: “vi que ela estava fotografando as pessoas e direcionou o celular para mim. Então eu falei ‘uma senhora da sua idade fazendo uma coisa feia dessas?’. Aí ela me respondeu: ‘Sabe o que você é? Um lixo, uma macaca’”, relatou.
De acordo com outros frequentadores e funcionários do restaurante, a vizinha e agressora já é conhecida por suas manifestações de ódio. Mesmo depois de ser acusada de racista por pessoas que estavam no local, ela permaneceu dispensando insultos racistas, sem quaisquer ponderações ou receios. O que começou como um programa para torcer pelo Brasil, acabou em caso de polícia: o caso de racismo foi registrado na delegacia dos Barris.
Em suas redes sociais, ao agradecer todo apoio de familiares e amigos, Marleide lembrou que “o racismo é cruel e desumano, tem o propósito de matar, não o físico, apesar do mesmo sentir, mas o objetivo do #racismo é matar nossa identidade, quem somos” e disse ainda que se não tivesse convicção de quem é e qual seu destino, com certeza estaria aceitando cada puma dessas manifestações.