Porto Alegre (RS) – O grupo de artistas Pretagô apresenta nesta quinta e sexta-feira, 15 e 16 de setembro, às 20 horas o espetáculo AfroMe. As duas apresentações integram a programação da 23ª edição do festival Porto Alegre em Cena e concorrem ao Prêmio Braskem Em Cena 2016.
AfroMe é o segundo espetáculo do grupo Pretagô, que pesquisa identidade e representatividade negra nas artes. Os artistas, que se utilizam da teatralidade como dispositivo para a celebração, trazem cenas realistas misturadas a momentos de performances dos atores e músicos, que borram as fronteiras de suas funções em busca de versatilidade. Arte, literatura, antropologia, filosofia, história e geografia atravessam o bar onde acontece a encenação. Esse espaço-tempo marginal se torna casa, cidade, país, continente e cenário.
As apresentações ocorrem no Boteco do Paulista – Rua Riachuelo, 230, em Porto Alegre (RS). Evento gratuito.
No local serão disponibilizadas urnas para votação do Prêmio Braskem em Cena: “AfroMe” (RS) | 23º Porto Alegre em Cena.
Serviço:
Espetáculo AfroMe
Dias: 15 e 16 de setembro, às 20 horas
Local: Boteco do Paulista – Rua Riachuelo, 230 – Porto Alegre (RS)
Página: https://www.facebook.com/grupopretago
Sobre o AfroMe:
Torne-me AFRO.
Afromize-me.
Deixe-me ser AFRO.
Preencha-me.
Inunde-me.
AfroMe é um Manifesto. Sarau Marginal ou Cabaré de Magia Negra que conta com sons e imagens inspiradas em universos afros festivos para dar passagem a um mar de memórias, desejos, divagações, indignações e afetos. É a ponte entre um “Brasil-África” conectado por pequenas ficções em um lugar real: o bar, espaço onde as fantasias potencializam-se. Um evento espetacular permeado por palavra, música, corpo e presença.
Os trabalhos iniciam-se ao saudar Exu Bará.
A ele, o mensageiro, aquele que detém o poder de abrir e fechar os caminhos, é pedido licença. A partir disso é estabelecido o contato entre o humano e o onírico, e os Orixás, energias presentes nos lugares onde escolhemos fecundar-habitar, que são invisíveis aos olhos, mas palpáveis aos sentidos. É ofertada a cachaça, elemento pertencente ao imaginário-real dos bares. Compartilha-se as ervas e acendem-se as velas em um pedido singelo e esperançoso de que ele abra todas as portas e, por ser também o grande sentinela (na tradição, o Bará é assentado na frente do lugar dedicado ao acontecimento do ritual), pede-se a ele a proteção e a guarda desse evento de (re)conexão com as origens africanas.
Ficha técnica:
ELENCO
Bruno Cardoso, Bruno Fernandes, Camila Falcão, Kyky Rodrigues, Laura Lima, Manuela Miranda e Silvana Rodrigues
DIREÇÃO
Thiago Pirajira
TRILHA SONORA
João Pedro Cé, Duda Cunha e Vini Silva
FIGURINO
Mari Falcão
FOTOGRAFIA
Andre Reali Olmos
PRODUÇÃO
Bruno Fernandes, Camila Falcão, Mari Falcão, Silvana Rodrigues e Thiago Pirajira
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO
Anelise De Carli
Camila Camargo é negra e bailarina, aspirante a produtora cultural e a percussionista. É formada em Publicidade e Propaganda pela ESPM-Sul e especializada em Design Estratégico pela UNISINOS em Porto Alegre. Está sempre buscando as melhores experiências que o mundo pode proporcionar e os aprendizados que elas trazem. Muito ligada à espiritualidade, tem como intenção de vida criar movimentos de conexão.