Após perder o filho por falta de atendimento em seis unidades de saúde de São Paulo, Andreia da Silva, mãe de Vitor Augusto Marcos de Oliveira, sofreu mais um choque na tarde da última quarta-feira (11), ao descobrir que o caixão do filho havia sido preenchido com lixo.
O jovem de 25 anos morreu dentro de uma ambulância em frente ao Hospital Geral de Taipas, na Zona Norte de São Paulo. Vitor teve três paradas cardíacas, tentou vaga em seis unidades de saúde e não conseguiu atendimento por falta de equipamentos para pacientes obesos.
“Brincaram de novo com o peso do meu filho. Mais uma vez, gordofobia. Meu filho estava em cima do lixo”, lamentou Andreia da Silva, em vídeo postado nas redes sociais. Na urna foram colocados caixotes de madeira, pó de serra aparente e folha de jornal para que o corpo do jovem ficasse nivelado dentro da estrutura.
Segundo o portal de noticias G1, a funerária Trianon, responsável pelo caixão, disse que não tinha responsabilidade pelo estado do caixão, apenas pelo transporte de Vitor. Informou também que a responsável pela preparação do corpo e da urna funerária para o velório seria a Cooperaf, uma cooperativa de tanatopraxia. Procurada pelo portal, uma representante da Cooperaf afirmou que o nivelamento do corpo com papéis e a utilização de pó de serra são práticas habituais na área. Ao ser questionada pela presença dos caixotes de madeira, encerrou a ligação.