Quando a pandemia de covid-19 começou, a escritora carioca Lucilene Manhães foi imediatamente atravessada por aqueles novos acontecimentos. Impactada com todas as mudanças que o período trouxe, alguns meses depois, veio a inspiração para o seu quinto livro, “O Último Paciente”, que será lançado oficialmente no dia 28 de abril, quinta-feira, às 20h30, com uma live no Instagram da autora, que vai debater a obra com a produtora Doinha Prata.
“O Último Paciente” faz um mergulho nos acontecimentos da pandemia para criar uma história de ficção com tons de realidade. A trama é dividida em duas partes. Na primeira, o leitor é apresentado a uma família da Zona Norte do Rio de Janeiro, que ainda não sabe, mas terá seu cotidiano impactado pela pandemia. Já na segunda parte, o leitor conhece a história da pneumologista Marina Morena, médica que trabalha na linha de frente e responsável por uma ala de pacientes entubados de um hospital de campanha no Rio de Janeiro. Marina é profundamente impactada pela pandemia, que muda suas relações familiares e ainda traz um novo conflito para a sua vida: um paciente abandonado. Aos poucos, ela se envolve com ele e a relação vai trazendo motivação para que ela continue a luta pela sua própria vida e pela vida dos pacientes.
A pandemia é o foco dos acontecimentos, mas Lucilene Manhães, que sempre teve o sonho de ser médica, não se apega à tragédia. A esperança, a fé, o amor e a superação dos personagens são o foco, propondo uma narrativa positiva e otimista.
“Muita emoção e conflitos humanos marcam o romance, levando o leitor a refletir sobre culpas, paixões e solidariedade. Até que ponto estamos dispostos a adiar planos futuros, a sacrificar carreiras sonhadas por nossos pais, para viver a vida que desejamos e experimentar a transformadora força do amor, tal qual ela se apresenta?”, conta a autora, revelando que a médica acaba se envolvendo com o paciente na trama.
“O Último Paciente” também é uma homenagem aos cientistas, médicos e profissionais da saúde que atuaram na linha de frente, e que, se reconhecerão nos fatos narrados:
“A história tem, sim, momentos difíceis, pois traz um pouco do que todos viveram nesse período: perdas, mudanças, alterações nas rotinas familiares, como os médicos que tiveram que se afastar de suas famílias. Mas ela é, acima de tudo, uma homenagem às pessoas que superaram seus limites e lutaram bravamente por seus pacientes. Aos cientistas que não mediram esforços e em tempo recorde, desenvolveram inúmeras vacinas. Aos que ajudaram os necessitados repartindo o pão. Aos que, por amor, se cuidaram e se distanciaram para proteger a família”, revela a autora, que também é membro da Academia Internacional de Literatura Brasileira.