Marighella já conquistou o título de filme nacional mais assistido do ano. Por se tratar de um sucesso de bilheteria, a obra vai entrar no catálogo da Globoplay no dia 04 de dezembro.
O longa metragem foi gravado em 2017 e estreou mundialmente no Festival Internacional de Cinema de Berlim, em 2019, porém enfrentou a censura e uma pandemia. Ainda assim não foi possível apagar o impacto da história de Carlos Marighella.
É o primeiro filme de Wagner Moura como diretor e tem produção da O2 Filmes e coprodução da Globo Filmes e Maria da Fé. Além disso, conta com o protagonismo de Seu Jorge no papel de um dos maiores guerrilheiros do Brasil.
Confira abaixo o trailer:
Mostra Sem Fronteiras vai até 05 de dezembro
Carlos Marighella
Por muito tempo, o nome Marighella ficou esquecido na história do Brasil. Opositor à ditatura, Carlos deu a própria vida por uma causa: a liberdade.
Filho de um imigrante italiano e uma baiana, empregada doméstica, Carlos conseguiu estudar, chegou a ingressar no curso de engenharia civil da Escola Politécnica da Bahia, porém abandonou a carreira para seguir como ativista político se filiando ao PCB.
Foi um dos principais organizadores da luta armada contra a ditatura militar, por isso alcançou o posto de inimigo “número um” do Brasil. Com a censura, muitos passaram a acreditar que Marighella era um terrorista. Para combater o regime, se tornou o cofundador da Ação Libertadora Nacional (ALN).
Em novembro de 1969, há 52 anos, Marighella foi morto numa emboscada por agentes do DOPS, coordenada pelo delegado Sérgio Fernando Paranhos Fleury. No filme, Bruno Gagliasso interpreta o policial Lúcio, que faz alusão a figura de Fleury.
Fleury morreu colecionando homenagens e medalhas, mesmos sendo acusado de tortura, assassinato, corrupção e tráfico de drogas.
Prestigiar a história de Carlos é entender a complexidade do Brasil. A ditatura foi uma guerra, por mais que tenha sido abafada.