Everyone saying that I should position myself in the middle is wrong!
— Vanessa Nakate (@vanessa_vash) January 25, 2020
Does an African activist have to stand in the middle just because of fear of being cropped out?
It shouldn't be like this! pic.twitter.com/PR544GIv7g
A ugandesa Vanessa Nakate, de 23 anos, participou de uma conferência de imprensa em Davos, Suécia, na última sexta-feira (24). Ao lado de outros ativistas pelo clima, Vanessa foi fotografada durante o evento.
A surpresa? A única negra presente no clique foi cortada da foto publicada pela Associated Press, uma das mais importantes agências de notícia do mundo.
“Não merecemos nada disto. África é o menor emissor de carbono, e somos os mais afetados pela crise climática. Apagar a nossa voz não vai mudar nada. Apagar a nossa história não vai mudar nada”, desabafou Vanessa nas redes sociais sobre o ocorrido.
O diretor de fotografia da Associated Press, por sua vez, declarou não ter sido proposital: “O fotógrafo estava a tentar tirar uma foto rapidamente, num prazo apertado, e fez o recorte por motivos de composição, porque considerar que elle achava que o prédio ao fundo era perturbador”.
O episódio demonstra mais uma vez o poder do racismo. A justificativa do diretor fere não apenas a ética audiovisual mas também a ética jornalística e demonstra que, infelizmente, negros e negras precisarão pensar sobre suas posições durante a captação de imagens daqui por diante.
Conheça o trabalho de Vanessa Nakate:
https://instagram.com/vanessanakate1?igshid=vdrtu9xwiwvn