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quinta-feira, 02 novembro 2023
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98 anos do I Congresso Pan-africano

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Pan-africanismo é um movimento de caráter social, filosófico e político, nascido nos Estados Unidos, no fim do século XIX. A ideologia, estabelecida pela reivindicação de negros norte-americanos e caribenhos, prega a união dos povos africanos em prol da luta contra o racismo estrutural.

O pensamento era contrário à fragmentação política das fronteiras africanas, uma vez que não foram estabelecidas pelos povos e, sim, pelo colonizador. Lutavam contra a fragmentação geopolítica do continente que, na época em que o movimento surgiu, era estabelecido por blocos divididos entre franceses, ingleses e portugueses.

Essa ideologia solidária propôs, então, a África enquanto um único povo como alternativa para potencializar o desenvolvimento do continente internacionalmente. Essa reivindicação propiciou o I Congresso Pan-africano, organizado em Paris, há exatos noventa e oito anos, em que o racismo foi discutido como o mal do século XX. Foi então que se desenvolveram as maiores lutas contra o colonialismo. Os principais nomes da teoria são Edward Burghardt Du Bois e Marcus Musiah Garvey.

Imagem: Reprodução
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Após o primeiro congresso, pelo menos outros três foram realizados, a doutrina alcançou os impactos sociais que aspirava: em 1960, uma onda independentista tomou conta do continente africano. As lideranças dos países já emancipados se organizaram e fundaram, em 1963, a Organização da Unidade Africana.

Pouco tempo depois, o movimento apanhou outros espaços geográficos com um novo congresso, abordando a cultura negra. Colômbia, Equador, Brasil foram os palcos dos primeiros encontros. No território verde-e-amarelo, que tanto deve sua construção à mãe África, Abdias do Nascimento, ativista dos direitos civis e humanos para a população negra.

Mais tarde, o Pan-africanismo se consolidou enquanto movimento, atingindo várias partes do mundo e promovendo encontros de alcance internacional, na promoção de estratégias sobre o que envolve a população negra. Ainda hoje, muitos são os adeptos da ideologia que busca manter vivo o ideal de união dos povos africanos, também em diáspora.

 

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